E NUNCA AS MINHAS MÃOS ESTÃO VAZIAS

segunda-feira, 20.11 15h56

[2023]

Esta peça é dedicada a Helena Katz,

que há décadas nos inspira a insistir com a dança.

Tocar em pedaços de memória e fazer renascer sensações para delirar a vida diante de uma realidade insuportável. É com essa tensão que a dança proposta nesta criação se envolve, visando provocar uma experiência coletiva impulsionada por tudo que nos compõe e nos comove, com muitos arranjos possíveis do co- e do mover, com vontades de relembrar na pele e na imaginação que somos carne cheia de sangue – que sonha, que ri e que chora. Será que algum dia perderemos a capacidade de nos emocionar ?

  • e nunca as minhas mãos estão vazias é o título da nova produção de Cristian Duarte em companhia/Z0NA criada no contexto KINTSUGI – um projeto contemplado pela 32ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura. ​A criação coloca em fluxo uma correnteza de memórias e presenças evocadas pelas nove artistas que compõem o elenco: Aline Bonamin,  Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino. Juntas, mergulham em seus respectivos repertórios físico-afetivos, trazendo para a superfície de contato pedaços de expressões, gestos e movimentos para serem saboreados coletivamente. 
  • Sobre o projeto Kintsugi

O termo Kintsugi foi difundido na internet nos últimos anos e, a grosso modo, é uma arte japonesa na qual uma peça de cerâmica quebrada é reparada com um verniz contendo ouro. Nessa arte, em vez de se esconder os remendos da cerâmica quebrada, destaca-se a visibilidade das fissuras, enaltecidas pelo ouro, salientando as imperfeições das trajetórias, as histórias percorridas pela peça de cerâmica, e gerando significados singulares da existência ali presente.

O projeto KINTSUGI adotou esse nome como uma metáfora aos processos de continuidade de Cristian Duarte em companhia, para pensar memória, resiliência e perseverança. Olhar para os mais variados pedaços daquilo que já fizemos, tocando em perspectivas do que éramos e o do que somos, em gerúndio, como água, um rio-mar que não pára de correr ressignificando a cada instante onde você está e aquilo que é capaz de perceber.  

O projeto envolveu diversas ações e etapas, dentre elas, períodos de imersão apelidados de cacos. Foram 4 cacos, exercícios cênicos feitos pelo elenco dividido em partes. Diferente do habitual ensaio com todo o elenco, os cacos foram imersões feitas por 3 duplas e 1 trio, nas quais os performers vivenciaram um processo de criação intensificado junto da direção. Ao final de cada caco realizou-se uma abertura pública intitulada Experimenta. Além disso, as demais ações do projeto – Jams e Laboratórios – também estimularam o campo investigativo do projeto permitindo que outras corpas e subjetividades atravessassem esse contexto, fazendo vibrar suas possibilidades e potências.

  • Cristian Duarte em companhia/Z0NA é uma iniciativa do coreógrafo Cristian Duarte para estar, criar, produzir, difundir, co/mover o pensamento e excitar a percepção com dança junto de artistas que gostam, apoiam e promovem o trânsito entre as diversas áreas do conhecimento, entre linguagens, criando contextos de experimentação e formação em dança na cidade de São Paulo.

    É um organismo residente na Casa do Povo desde 2013.

  • Coreografia e Direção: Cristian Duarte
  • Criação e Dança: Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino
  • Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
  • Concepção sonora e Figurinos: em companhia
  • Performance sonora: elenco
  • Operação de som: Lucas Brandão e/ou Tom Monteiro
  • Iluminação: André Boll/Santa Luz
  • Fotografia: Mayra Azzi
  • Produção Executiva: Rafael Petri/MoviCena Produções
  • Realização: Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura, Bonobos Produções e Z0NA
  • Apoio: Casa do Povo
  • Agradecimentos: Clarice Lima, Tarina Quelho, Iago Mati e todas as pessoas que participaram dos labores, das jams e aberturas do projeto KINTSUGI. Tom Monteiro e Carla Boregas por alimentarem a criacão com suas composições musicais.
  • 📍Casa do Povo

    Rua Três Rios, 252 – segundo andar

    Bom Retiro – SP

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    08.12 | Sexta | 19h

    09.12 | Sábado | 19h

    10.12 | Domingo | 19h

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    14.12 | Quinta | 19h

    15.12 | Sexta | 19h

    16.12 | Sábado | 19h

    17.12 | Domingo | 19h

    👉 Entrada GRATUITA

    <<< retirada dos ingressos a partir de 1h antes nos dias das apresentações na bilheteria do local >>> 

  • Fotos